A cientista cognitiva Lera Boroditsky sugere que a língua pode influenciar a forma como pensamos. A cientista aponta exemplos como as comunidades aborígenes da Austrália que utilizam as direções cardeais em vez de esquerda/direita e as duas palavras para azul em russo como prova de que as diferentes línguas podem moldar os nossos processos cognitivos.
Boroditsky argumenta que a diversidade das línguas demonstra a adaptabilidade e o engenho da mente humana. O facto de existirem 7.000 línguas em todo o mundo indica que os seres humanos criaram não um, mas 7.000 “universos” cognitivos diferentes, cada um deles influenciado pela língua falada.
Eis uma análise mais pormenorizada dos seus pontos:
Pensamento espacial:
Boroditsky destaca como algumas comunidades aborígenes na Austrália usam as direções cardeais (norte, sul, este, oeste) para descrever relações espaciais em vez de esquerda e direita, ilustrando como a língua pode influenciar a nossa orientação espacial.
Percepção das cores:
A língua russa tem palavras distintas para azul claro e azul escuro, o que afeta a forma de como os falantes percepcionam e classificam as cores em comparação com as línguas com uma única palavra para azul.
Diversidade cognitiva:
Boroditsky sublinha que a existência de tantas línguas diferentes mostra a diversidade dos nossos processos cognitivos.
A importância da diversidade linguística:
A autora defende que a diversidade linguística é valiosa porque revela a flexibilidade e o engenho da mente humana.
Estes exemplos sugerem que a língua não é apenas um instrumento de comunicação, mas também molda os nossos pensamentos e percepções do mundo.
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